CÉLULAS-TRONCO

O QUE SÃO?

São células com capacidade de se multiplicar e adquirir a funcionalidade de qualquer tecido, promovendo o restabelecimento do órgão ou lesão, tanto sob o aspecto estrutural, como funcional. As células-tronco possuem três características fundamentais que as distinguem de outros tipos celulares: são células indiferenciadas, ou seja, ainda sem função específica, uma célula “neutra”; podem se diferenciar, ou seja, tornarem-se células com funções especializadas; são células com capacidade de autorrenovação, gerando células-filhas idênticas à célula-mãe.

QUAIS OS TIPOS DE CÉLULAS-TRONCO?

De acordo com sua origem, as células-tronco são divididas em dois grupos: embrionárias (obtidas durante o estágio embrionário de blastocisto) e células-tronco adultas (obtidas de tecidos adultos formados). As células-tronco adultas podem ser hematopoiéticas ou mesenquimais. O tipo de células utilizadas pelo CORA, em parceria com a REGENERA, são as mesenquimais, que apresentam diferenças significantes das demais, como você pode ver abaixo:

Células-tronco mesenquimais: podem ser obtidas através de diversas fontes, como parede do cordão umbilical, porção estromal da medula óssea, polpa dentária, tecido adiposo, entre outras. São células consideradas multipotentes, ou seja, apresentam potencial de se diferenciar nos mais variados tecidos do organismo, como tecido muscular, nervoso, cartilaginoso, ósseo etc.

Células-tronco embrionárias: são isoladas a partir de embriões de, aproximadamente, 5 dias, que estão no estágio denominado blastocisto, apresentando um grande potencial regenerativo, pois são capazes de se diferenciar em
qualquer célula do organismo mamífero. Porém, esse alto potencial de diferenciação pode levar a um crescimento descontrolado (formações tumorais). Existem, ainda, riscos associados à sua utilização terapêutica devido à
rejeição imunológica e alta capacidade mutagênica. Além disso, o uso de CTE apresenta controvérsias por conta de questões éticas e legislativas relativas à destruição de embriões para sua obtenção.

Células-tronco hematopoiéticas: são obtidas apenas por meio do sangue do cordão umbilical e da porção sanguínea da medula óssea. Essas células já apresentam um certo comprometimento com a linhagem sanguínea, ou seja, só podem se diferenciar em células já presentes no sangue.

TIPOS DE TRANSPLANTES

Há, basicamente, dois tipos de transplantes de células-tronco: o autólogo e o alogênico (ou heterólogo). A seguir, serão
expostas as vantagens e desvantagens de cada um deles.

VANTAGENS DO TRANSPLANTE HETERÓLOGO

CTM x idade: as células-tronco presentes nos tecidos do organismo tendem a diminuir constantemente com o passar da idade. Sendo assim, animais mais velhos que necessitem da terapia com células-tronco encontrarão dificuldade na sua obtenção de maneira autóloga.

Condição cirúrgica e anestésica do paciente: há também o problema da condição cirúrgica e anestésica do paciente. Para o transplante autólogo, é necessário anestesiar o paciente para retirada do fragmento de tecido adiposo e, muitos deles, por alguma patologia ou mesmo pela idade, não podem se submeter a esse tipo de procedimento.

Disponibilidade imediata do material: no transplante autólogo é necessário realizar o cultivo do material em laboratório, o que leva em torno de 4 semanas. Já no alogênico, existe um banco de células-tronco, obtidas a partir de doadores saudáveis, favorecendo o implante imediato.

Não há rejeição: as CTM não apresentam em sua superfície moléculas do complexo de histocompatibilidade do tipo II (MHC classe II) e, por esse motivo, são consideradas imunocompatíveis, não ocasionando qualquer tipo de rejeição ou efeito colateral quando injetadas em outro organismo.

CÉLULAS-TRONCO NA OSTEOARTROSE

A medicina já se encontra em uma nova era, na qual a terapia celular vem transformando o tratamento de doenças. As células-tronco têm a capacidade de se autorenovarem, diferenciarem e adquirir a funcionalidade de qualquer
tecido, promovendo o restabelecimento do órgão ou lesão tanto sob o aspecto estrutural, quanto funcional, podendo ser utilizadas isoladas ou em conjunto com outros tratamentos.

Uma das indicações para o tratamento na ortopedia é a osteoartrose, uma doença que resulta da degeneração articular e que causa diferentes graus de dor, inflamação e dificuldade ou incapacidade locomotora. Tal doença pode advir de
problemas como: displasia coxofemoral, displasia do cotovelo, ruptura do ligamento cruzado, luxação de patela ou qualquer outra doença que cause uma instabilidade articular. Geralmente, os animais nessas condições fazem uso crônico de anti-inflamatórios, analgésicos e condroprotetores.

O grande problema é que os anti-inflamatórios trazem efeitos colaterais significativos e o paciente acaba desenvolvendo outros problemas como alterações renais, hepáticas etc.

Para casos de osteoartrose, os benefícios da terapia com células-tronco são bem reconhecidos. A terapia contribui com a regeneração articular, estimula a produção de líquido sinovial, promove uma ação anti-inflamatória significativa e prolongada, que pode chegar a meses ou anos, além de ter um efeito protetor, retardando a evolução da doença articular degenerativa.

Aproximadamente 80% dos animais apresentam uma importante recuperação na capacidade funcional das articulações tratadas, resultando em diminuição ou extinção da dor à manipulação, maior mobilidade articular e, por conseguinte, melhora na deambulação. Isso permite que o animal exerça ações as quais antes apresentava dificuldade ou estava impossibilitado, como levantar-se, andar ou até mesmo correr.

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