Fatores nutricionais (sobrepeso) e relacionados ao meio ambiente (como pisos lisos e
escorregadios) não causam o aparecimento da doença mas podem piorar a manifestação clínica.
A doença pode acometer animais de todas as raças e tamanhos. Os sinais
clínicos podem aparecer
em qualquer idade, incluindo:
- mancar após o exercício,
- ficar pra trás durante os passeios,
- dificuldade em levantar, sentar, pular, subir escadas,
- postura rígida,
- dorso arqueado,
- alteração na marcha,
- deslocamento do peso para os membros anteriores,
- redução do interesse por atividade física,
- decúbito prolongado e
- úlceras ou feridas devido ao longo tempo deitado em piso duro.
O diagnóstico é baseado na anamnese, exame físico e radiográfico
simples. O diagnóstico precoce,
em filhotes ainda assintomáticos, pode ser feito por meio do PennHIP, técnica de raio-x por
distração articular, que estima o grau de
instabilidade do quadril e risco de desenvolvimento de osteoartrose. O diagnóstico precoce
possibilita um melhor prognóstico e mais qualidade de vida ao animal.
O tratamento pode ser conservador e/ou cirúrgico. A abordagem
multidisciplinar, por meio de
terapias adjuvantes, como fisioterapia, ozonioterapia, implante de ouro, acupuntura, manejo
ambiental e (nutricional) e
nutracêuticos, é essencial para manutenção/melhora da qualidade de vida do paciente displásico.
Existem várias técnicas cirúrgicas que podem ser empregadas de acordo com o tamanho do animal, o
nível de atividade física, idade, volume de massa muscular e o grau da displasia.
Procedimento pouco invasivo que visa a remoção (neurectomia) de fibras sensitivas no periósteo da região
do quadril,
promovendo analgesia dos pacientes que sofrem com as alterações degenerativas nessa articulação,
provocadas pela displasia. É
importante ressaltar que essa técnica é paliativa, aplicada somente para controle da dor, ou seja, não é
um procedimento curativo.
Essa é uma técnica preventiva, possível de ser feita em pacientes com idade inferior a 4 meses, e que
visa aumentar a cobertura do
acetábulo sobre a cabeça do fêmur por meio da cauterização da linha de crescimento da sínfise
púbica.
O diagnóstico precoce da DCF é importante para evitar o agravamento da doença e permitir que tais
medidas preventivas sejam
adotadas. Nesse procedimento, o PennHIP é a técnica radiográfica indispensável para diagnosticar
precocemente a doença.
*A DCF é uma doença de caráter genético, portanto, o tratamento cirúrgico é considerado preventivo
apenas quanto à evolução
da doença, por ser feito de maneira muito precoce.
Essa técnica consiste, como o próprio nome diz, na remoção cirúrgica destas duas estruturas anatômicas1
que fazem parte da
articulação coxofemoral. É uma técnica de salvamento, com o intuito de retirar a área de contato
dolorosa entre o fêmur e
acetábulo, realizada por meio de uma serra oscilante, para alívio da dor e posterior formação de uma
fibrose tecidual no local que
irá agir como uma pseudoartrose ou “articulação falsa”.
Essa técnica não é somente empregada nos casos da displasia, visto que outras doenças também podem ser
tratadas por ela, como
a necrose asséptica da cabeça do fêmur, fraturas cominutivas da cabeça femoral ou mesmo a luxação
coxofemoral traumática onde
o reposicionamento não é mais possível ou indicado.
Técnica preventiva para cães até 8 meses de idade, usada para aumentar a cobertura acetabular sobre a
cabeça do fêmur para
impedir ou minimizar a subluxação do quadril e subsequente desenvolvimento da osteoartrose. Vários
pré-requisitos são
necessários para a escolha dessas técnicas.
*A DCF é uma doença de caráter genético, portanto, o tratamento cirúrgico é considerado
preventivo
apenas quanto à evolução
da doença, por ser feito de maneira muito precoce.
Essa técnica, padrão ouro para a doença, visa a substituição completa da articulação por uma prótese,
proporcionando o retorno
completo da função do membro operado. (clique
aqui para saber mais sobre prótese de quadril)
A escolha da técnica varia de acordo com o tamanho do animal, o nível de
atividade física, idade,
volume de massa muscular, o
grau da displasia, nível de dor, e outras considerações conversadas entre o ortopedista e o tutor
para a escolha da técnica mais
adequada para cada caso.
O manejo ambiental é crucial para ajudar a minimizar os riscos e melhorar a qualidade de vida dos
animais afetados.
Um dos aspectos mais importantes do manejo ambiental é a promoção de um ambiente físico adequado. Isso
inclui garantir que os cães
vivam em superfícies antiderrapantes para evitar escorregamentos,
quedas e lesões. Além disso, o
controle do peso é fundamental; um
cão com sobrepeso exerce pressão extra sobre as articulações, exacerbando os sintomas da displasia.
Portanto, uma alimentação
equilibrada e exercícios regulares são essenciais. Os exercícios,
além de colaborarem com o controle de
peso, também ajudam a manter
a massa muscular hipertrofiada, levando a menor sobrecarga articular.
Outra dimensão do manejo ambiental envolve a adaptação do espaço onde o cão vive. Rampas e áreas de
descanso confortáveis podem
facilitar a locomoção e reduzir o estresse nas articulações. A criação de um ambiente seguro e acessível
não só ajuda na prevenção de
lesões adicionais, mas também contribui para o bem-estar emocional do animal.
Além disso, a educação dos tutores sobre as necessidades específicas dos cães com displasia coxofemoral
é vital. Conhecer os sinais de
dor e desconforto, bem como as melhores práticas de manejo, pode fazer uma grande diferença na vida do
pet.
O manejo nutricional adequado pode desempenhar um papel fundamental na prevenção e no controle dos
sintomas da displasia
coxofemoral.
Um dos principais aspectos do manejo nutricional é a manutenção de um peso
corporal saudável. Cães com
sobrepeso ou obesidade
enfrentam um risco maior de desenvolver problemas articulares, pois o excesso de peso aumenta a carga
sobre as articulações já
comprometidas. Além disso, o excesso de gordura promove inflamação no organismo do pet. Portanto, uma
dieta balanceada e
controlada em calorias é essencial para ajudar a manter o peso ideal do animal. Consultar um veterinário
para determinar as
necessidades calóricas específicas de cada cão é uma boa prática.
A escolha de alimentos ricos em nutrientes que promovem a saúde das articulações pode ser muito
benéfica. Nutrientes como ácidos
graxos ômega-3, possuem propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir a dor nas
articulações. Suplementos como
colágeno tipo II também são frequentemente recomendados por veterinários para apoiar a saúde articular e
melhorar a mobilidade.
Complementos nutricionais pode auxiliar no controle da dor e na
redução da inflamação. Plantas como
cúrcuma e gengibre são
conhecidas por suas propriedades anti-inflamatórias e podem ser incorporadas à dieta do cão, sempre com
supervisão veterinária.
Em suma, o manejo nutricional é uma ferramenta poderosa no controle da displasia coxofemoral em cães. Ao
focar em uma dieta
equilibrada, controle de peso e inclusão de nutrientes benéficos para as articulações, os
tutores podem
contribuir significativamente para
o bem-estar e qualidade de vida dos seus pets. Consultar um veterinário regularmente garantirá que as
estratégias nutricionais estejam
alinhadas com as necessidades específicas de cada cão.
Embora o tratamento médico e nutricional seja fundamental, a fisioterapia se destaca como uma abordagem
complementar
extremamente eficaz, proporcionando alívio da dor e melhora da qualidade de vida dos animais
afetados.
A fisioterapia veterinária envolve uma série de técnicas e exercícios específicos que visam fortalecer
os músculos ao redor da
articulação do quadril, melhorar a amplitude de movimento e promover a reabilitação funcional. Um dos
principais objetivos da
f
isioterapia é reduzir a dor e a inflamação, permitindo que o cão retome suas atividades diárias com mais
conforto.
Um dos métodos utilizados na fisioterapia é o exercício terapêutico. Esses exercícios são cuidadosamente
planejados para atender às
necessidades individuais de cada cão, ajudando a fortalecer os músculos das pernas, do quadril e do
corpo como um todo. Com o
fortalecimento muscular, há uma diminuição da pressão sobre a articulação afetada, o que pode aliviar os
sintomas da displasia.
Além disso, técnicas como hidroterapia são particularmente benéficas para cães com displasia
coxofemoral. A água proporciona um
ambiente de baixo impacto que permite ao animal se exercitar sem sobrecarregar as articulações. A
resistência da água também ajuda no
fortalecimento muscular de maneira segura e controlada.
O uso de modalidades como laserterapia, magnetoterapia e outros aparelhos fisioterápicos também pode ser
incorporado ao tratamento
f
isioterapêutico. Essas técnicas ajudam a reduzir a dor, promovendo um melhor fluxo sanguíneo e
diminuindo a inflamação articular.
Outro aspecto importante da fisioterapia é a educação dos tutores. Durante as sessões, os profissionais
ensinam exercícios que podem
ser realizados em casa, além de dicas para adaptar a rotina do cão, garantindo um ambiente propício para
sua recuperação.
Em resumo, a fisioterapia desempenha um papel crucial no manejo da displasia coxofemoral em cães. Ao
combinar técnicas
terapêuticas com um plano de exercícios personalizado, é possível não apenas aliviar os sintomas, mas
também melhorar
significativamente a mobilidade e qualidade de vida do animal. Consultar um fisiatra veterinário
especializado é essencial para garantir
que o tratamento seja eficaz e seguro, proporcionando ao seu amigo peludo uma vida mais ativa e feliz.
Embora o tratamento convencional, como medicamentos e fisioterapia, seja essencial, as terapias
complementares têm ganhado
destaque como alternativas eficazes para melhorar a qualidade de vida dos cães afetados. Essas
abordagens podem ser utilizadas em
conjunto com tratamentos tradicionais, proporcionando um suporte adicional ao bem-estar do
animal:
(acupuntura)
(implante de
ouro)
(ozonioterapia)
(quiropraxia)
(shock wave)
(infiltrações de ácido hialurônico)
(células-tronco)
(11)
97269-8589
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RUA PIRAPORA, 167 - PARAÍSO
SÃO
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